sábado, 17 de novembro de 2012

Olha... Paciência!

Nunca fui um ser maciço de paciência. Nem por dentro, por fora ou ao lado. E isso nunca se alterou muito ao longo dos tempos. Acho que apenas fui aprendendo a forma de controlo deste meu sentimento. Que nem sempre resulta.
Há alturas em que me consigo controlar um bocadinho. E há até algumas pessoas que afirmam que esta é uma característica patente em mim. É porque não me conhecem.
Há certos episódios que me tiram do sério:
- Esperar.
- Esperar pelo autocarro.
- Seres que falam alto. A grande distância. De uma ponta para a outra do autocarro.
- Seres que ouvem música no altifalante do telemóvel.
- Som produzido pelo arrastar de mãos na superfície de balões.
- Duckfaces.
- Erros de português (verbalizados e escritos).
- Incoerência entre o que é verbalizado e a atitude.
- Quando a compreensão não é mútua.
- Seres que dialogam comigo de uma forma muito próxima, sem respeitar uma distância mínima de segurança, como se me quisessem ver com estrabismo (só de tentar focar o outro interveniente durante a conversa).
- Seres que não percebem os sinais dados de queremos uma distância mínima durante um diálogo (sempre que nos afastamos, estes aproximam-se).
- Seres que não respeitam os gostos alheios.
- O diz-que-se-disse.
- Cinismos, sorrisos falsos e conversas de ocasião.
- A existência de discussões acerca de assuntos cuja finalidade é nula, assim como conversas cujos argumentos são em círculo.
- Críticas formalizadas com o objectivo de apenas atingir uma pessoa, de modo negativo sem que o intuito seja construtivo (e tendo em conta que a pessoa podia não estar a fazer algo, mas essa função estava a ser realizada por outrem, e portanto a tarefa era cumprida em tempo útil).
- Compromissos falhados. Compromissos falhados em tão pouco tempo que nem dá para espirrar.
- Seres que me criticam e a seguir me vão imitar.
Estas entre muitas outras situações (que não vou estar p'ra'qui a debitar, que a lista já vai longa) reduzem o meu nível de tolerância. São situações que me irritam. Situações que me dão vontade de cabecear as pessoas ou distribuir belinhas.
Foi por isso que criei um sabre invisível com o qual corto as cabeças de todos os que se metem à minha frente a testar a minha paciência. Do qual fico a afiar a lâmina no meu imaginário, com um olhar de quem expressa aversão como forma de notificação do infortúnio (Ooh!...) à posteriori!
Acho que a minha já esgotou. A bateria da paciência descarregou completamente. Por acaso não sabem onde posso recarregar? Ou algum posto onde possa reabastecer de paciência?

E agora que acabei de escrever este texto, ocorreu-me que não é bom. Pode ser um meio para me atingir.
E também não devia ter dito isto. Bolas.
Mas também... Heeck!



2 comentários:

  1. Concordo plenamente cara amiga.
    Gostei e fico à espera de mais posts

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  2. Eu por exemplo tenho imensa. E adoro duckfaces. Engraçado isto

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