terça-feira, 13 de abril de 2010

Tomar a liberdade

Acho muita piada àquelas pessoas que dizem: "tomei a liberdade de..."
Tomei a liberdade?! Tomar a liberdade?! Mas a liberdade afinal toma-se? É tipo o quê? Um comprimido?
Eu nunca o tomei, quer dizer que não tenho liberdade?
Ora bolas! Onde é que se arranjam? Alguém me arranja um?

Mas se a liberdade é um comprimido há outras questões que se intrometem na minha cabeça.
Todos os comprimidos têm um tempo até começarem a fazer efeito. Qual é o tempo do comprimido da liberdade? E quanto tempo dura esse efeito?
Ah.. e já agora, quais são os efeitos secundários? Uma anarquia?
Estou mesmo a ver a cena, as pessoas a andarem por aí a fazer o que querem e bem lhes apetece (tão a ver, há pessoas que se percebe perfeitamente que já tomaram um destes)- "Eu posso fazer o que eu quiser! Eu tomei o comprimido!!".
Qualquer dia não existem prisões. Para quê, não é? As pessoas tomam a liberdade!
Os farmacêuticos têm de ter mais atenção aos clientes. Não se pode vender liberdade a qualquer um..
Até pode dar mais um motivo de chacota: "Eu tenho liberdade, e tu não tens! Nhanhanhanhanhanha! Toma toma toma!"

Deixem-se lá de tomar liberdade que ainda apanham uma overdose. Pois, uma overdose de liberdade. Nem imagino como seja. Alguém já apanhou uma?
Lembrem-se: "a minha liberdade acaba onde a do outro começa" e respeitem a opinião dos que vos rodeiam.

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